A meditação tem um potente efeito rejuvenescedor.

Ela age positivamente em três elementos biológicos próprios do envelhecimento: pressão arterial, audição e visão de objetos próximos. Alguns estudos mostram que pessoas que praticam meditação apresentam idade biológica abaixo de suas idades cronológicas.

A meditação silencia os pensamentos, diminui o ritmo metabólico e tranqüiliza a mente.
A mente, por sua vez, mente! Por isto, muitas vezes, vivemos uma não-realidade que nos distancia dos nossos propósitos mais concretos. Quando os pensamentos saem de cena, ou melhor, quando há um espaço maior entre eles, abre-se um “espaço sagrado” que é a manifestação da nossa verdadeira identidade, a conexão com nossa essência divina.

Acessar este "espaço sagrado" pode resultar em uma expansão da consciência ou, simplesmente, aliviar o estresse e o cortisol de cada dia. No estado de relaxamento nosso cérebro libera neurotransmissores e hormônios calmantes que influenciam a bioquímica cerebral e estimulam a função cognitiva e o estado de humor.
A definição mais simples e, ao mesmo tempo mais clara do que seja meditação, remete a uma forma de estabilização da atenção no presente, melhorando nosso estado de presença. Com a estabilização da atenção, obtemos níveis mais claros de percepção da realidade que nos cerca e de nós mesmos.


O estado de consciência da meditação é semelhante ao grau de curiosidade e vivacidade de atenção de uma criança. Uma condição desperta e alegre, que jamais deixar passar o assombro da beleza presente nas cores, formas, nas nuances mais sutis.
O olhar e a mente de uma criança são como as bases de um espelho cristalino, onde as coisas são percebidas de forma direta, radiante e viva, sem julgamentos. Esse olhar é parte da percepção primordial, que vê as coisas como elas são.


Naturalmente, muitas crianças se relacionam com o mundo de forma meditativa. Ao entendermos a meditação como a capacidade de se estar totalmente em algo, veremos que as crianças meditam.
A prática da meditação pode ser entendida como um caminho de resgate do olhar inocente, límpido e claro de uma criança. É uma forma de silenciarmos a mente e abrirmos os sentidos para todas as coisas. As cores se tornarão mais vívidas, os sons mais claros, as sensações mais intensas, os cheiros rarefeitos e a pele mais ardente -ao contrário do mundo adulto, racionalizado, estreito e demasiadamente insensível.

A meditação desperta a intensa inocência de como as crianças enxergam as coisas. Se estivermos em harmonia conosco, descobriremos que todas as vibrações da natureza são estáticas, eróticas, serenas.
A existência é um orgasmo.


Palavras de Osho

"Quando você não está fazendo absolutamente nada - corporalmente, mentalmente, em qualquer nível - quando toda a atividade cessou e você simplesmente é, apenas sendo, isso é meditação. Você não pode fazê-la, você não pode praticá-la; você tem apenas que compreendê-la. Sempre que você encontrar tempo para apenas ser, abandone todo o fazer. Pensar também é um fazer, concentração também é um fazer, contemplação também é um fazer. Mesmo que apenas por um único momento você fique sem nada fazer, simplesmente permanecendo no seu centro, totalmente relaxado - isso é meditação.

E uma vez que você tenha descoberto o jeito, você pode permanecer nesse estado tanto tempo quanto quiser; por fim você poderá permanecer nesse estado durante as vinte e quatro horas do dia. Uma vez que você tenha se tornado consciente de como o seu ser pode permanecer sem perturbação, então, vagarosamente, você pode começar a fazer coisas, mantendo-se alerta para que o seu ser não se agite. Essa é a segunda parte da meditação - a primeira é aprender a simplesmente ser, e em seguida aprender pequenas ações como limpar o chão, tomar um banho, mas permanecendo centrado. Depois você poderá fazer coisas mais complicadas.... Assim, a meditação não é contra a ação. Não é que você tenha que escapar da vida. Ela simplesmente lhe ensina uma nova maneira de viver: você se torna o centro do ciclone.

A sua vida continua; continua de uma maneira muito mais intensa - com mais alegria, com mais clareza, mais visão, mais criatividade - todavia você está distanciado, é apenas um observador nas colinas, assistindo simplesmente o que está acontecendo ao seu redor.

Você não é aquele que faz, você é o observador. Esse é todo o segredo da meditação: você se tornar o observador. O fazer continua em seu próprio nível, não há nenhum problema nisso: cortar madeira, tirar água do poço. Você pode fazer coisas pequenas e coisas grandes; só uma coisa não é permitida: o seu centramento não pode se perder.
Essa consciência, esse estado de observação deve permanecer absolutamente desanuviado, sem perturbação."
OSHO